Infraero terá que instalar wi-fi nos aeroportos

Ministro da Aviação Civil determinou em portaria a ampliação dos serviços prestados pelos terminais aeroportuários e redução de preços pagos pelos passageiros.

MARCELO G. RIBEIRO/JC

Objetivo do governo é prestar serviço de padrão do século XXI  aos consumidores
Objetivo do governo é prestar serviço de padrão do século XXI aos consumidores

A Infraero terá que instalar sistema de wi-fi em todos os aeroportos do País administrados pela empresa. É o que determina portaria assinada na semana passada pelo ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, que disciplina como a estatal deverá tratar suas áreas comerciais e de prestação de serviços aos passageiros.

Além de internet sem custo, a companhia também terá que disponibilizar tomadas de energia elétrica em número suficiente para os passageiros e ter em suas áreas comerciais “número adequado” de áreas para alimentação que incentive a “redução de preços” ao consumidor.

A portaria determina também que as áreas comerciais devem ficar prioritariamente no lado ar, ou seja, após as áreas de check-in e revista de passageiro. De acordo com o ministro, isso já é uma adaptação da Infraero aos padrões internacionais de operadores aeroportuários. A estatal é sócia dos aeroportos que foram concedidos no ano passado (Guarulhos, Campinas e Brasília). “Queremos qualidade, preço e prestação de serviços nos aeroportos brasileiros à altura do século XXI”, disse Moreira Franco. “Qualidade do serviço é nossa obsessão”.

De acordo com o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, os recursos para a aplicação da norma estão previstos no orçamento da Infraero. Segundo ele, o wi-fi já é oferecido nos principais aeroportos do País. Para o próximo ano, haverá licitação de um novo sistema de internet, para todas as 60 unidades, que começa a ser implantado no primeiro semestre.

A norma também passa a dar tratamento diferente para os prestadores de serviços aeroportuários que usam as áreas operacionais dos aeroportos, como hangares para manutenção de aviões, fornecedores de combustível entre outros. Antes, a Infreaero era obrigada a licitar essas áreas do mesmo modo que licitava as áreas comerciais como restaurantes e bares, o que gerava reclamações das empresas aéreas que necessitam dos serviços para realizar o trabalho.

Agora, a empresa poderá dispensar a licitação dessas áreas para alguns casos específicos. O presidente da Infraero também afirmou que a Infraero Serviços, empresa criada para que a estatal administre aeroportos regionais, que o governo vai reformar a partir do próximo ano, está com seu plano de negócios em fase de conclusão pelo Banco do Brasil, o que deve terminar até janeiro.

Depois disso, segundo o presidente da Infraero, os operadores internacionais serão chamados para participar da sociedade que vai administrar os aeroportos. Para Vale, pelo menos sete grandes grupos internacionais, alguns que já participaram das últimas concessões de aeroportos no Brasil, manifestaram interesse em entrar no negócio.

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