Eletrobras rejeita proposta de conciliação do TST e retoma greve nesta segunda

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Por Rede Brasil Atual

“Percebemos que o que está havendo é uma tentativa da empresa para impor alguma forma de penalização à categoria pelos dias parados”, afirma presidente da Federação Nacional dos Urbanitários.

Depois de aceitar a proposta apresentada pelo Tribunal Superior de Trabalho/TST e suspender a greve na última quarta-feira, 31/07, os funcionários da Eletrobras vão retomar a paralisação a partir de hoje, 05/08. O TST havia apresentado um acordo que previa aumento real de 1% retroativo a maio deste ano, novo reajuste do mesmo percentual em janeiro de 2014 e de 0,5% em setembro, além da correção da inflação.

Em audiência de conciliação realizada na quinta-feira, 01/08, os representantes da empresa informaram que não seria possível aceitar a proposta e apresentaram uma alternativa com um índice de reajuste real menor do que o proposto. O presidente da Federação Nacional dos Urbanitários/FNU, Franklin Moreira, avalia que a construção de um acordo não está distante. “Percebemos que o que está havendo é uma tentativa da empresa para impor alguma forma de penalização à categoria pelos dias parados”.

O TST não considera abusiva a greve dos trabalhadores da Eletrobras, que paralisaram as atividades por 16 dias. Além do 1% de aumento real este ano, o Tribunal propôs 1% em janeiro e 0,5% em setembro de 2014. A empresa ofereceu 1% em janeiro do ano que vem e 1% em 2015.

“Nesse período (de greve), nós tivemos grandes eventos internacionais no País, quando redobramos nossa atenção para qualquer atividade especial que fosse necessária a fim de manter o fornecimento de energia aos consumidores. A nossa greve é por reivindicação, não é contra a sociedade”, diz Moreira. Segundo ele, a empresa quer descontar dos salários os dias parados e não aceita nenhuma forma de compensação.

O sindicalista informa que retorno da greve não precisa ser aprovado em assembleia, mas serão feitas reuniões para explicar a situação para os trabalhadores e garantiu que os eletricitários vão cumprir as exigências do TST em relação ao percentual mínimo de trabalhadores na ativa, para não comprometer a prestação de serviços à população. Devem trabalhar 75% de funcionários nos setores de operações e 40% nos setores administrativos. “A prestação de serviços continua garantida e com mais atenção porque não queremos que nada aconteça com o sistema”, disse.

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