Audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho entre a companhia e trabalhadores acabou sem acordo entre as partes
Por Ayr Aliski, de O Estado de S. Paulo
Terminou sem acordo nesta quinta-feira, 01/08, a audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho/TST entre representantes das Centrais Elétricas Brasileiras, Furnas Centrais Elétricas e outras empresas do ramo de energia elétrica e federações de trabalhadores de diversas categorias profissionais para discutir sugestão de acordo apresentada na segunda, 29/07, pelo presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, em audiência de conciliação em dissídio coletivo.
“Infelizmente não foi possível o acordo”, lamentou o presidente do TST, ao final do debate.
O principal ponto que travou a discussão envolveu o prazo para concessão de reajuste real, ou seja, acima da inflação medida pelo IPCA, ao salário dos trabalhadores. A Eletrobras propôs dois anos para conceder aumento real (0,5% relativo a maio deste ano, 1% em maio do ano que vem e 1% em maio de 2015) e os trabalhadores queriam que o realinhamento ocorresse no prazo de um ano.
Sem entendimento, foi sorteado um relator para o caso, que será Maurício Godinho Delgado. Ele irá preparar o voto e apresentar a instrução na Seção de Dissídios Coletivos/SDC do TST que, então, definirá o reajuste dos trabalhadores da Eletrobras. Não há data definida para a decisão. Até lá, se as partes chegarem a um acordo, podem apresentar a proposta ao TST, para homologação.