A greve geral desta quinta-feira (6/4), na Argentina, promovida por sindicatos do país, parou Buenos Aires. De acordo com o jornal espanhol El País, os opositores ao governo do presidente Mauricio Macri paralisaram a capital com piquetes, e sofreram uma resposta violenta da polícia. No mesmo dia, acontecia na cidade o Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina. Enquanto Macri dava início ao Fórum, nas periferias aconteciam violentos confrontos entre polícia e grevistas.
O conflito social se intensificou após a população acatar a convocação de greve geral feita pela Confederação Geral do Trabalho (CGT). A cidade amanheceu vazia e com seus principais acessos ameaçados por bloqueios. Além da CGT, também participa do movimento a Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), que reúne funcionários de estatais e professores. Pararam ônibus, táxis, metrô, aviões, escolas, universidades, hospitais, bancos e coleta de lixo.
Com o fechamento dos aeroportos, todos os voos entre Brasil e Argentina foram cancelados, afetando principalmente os aeroportos de Porto Alegre e Guarulhos. A Aerolíneas Argentinas divulgou, em um comunicado, que os passageiros prejudicados entrem em contato para reacomodações e reembolsos. A LATAM também cancelou todos os voos domésticos e internacionais operados para a Argentina. No portal brasileiro de notícias Terra, a notícia tem a seguinte manchete: “Argentinos desafiam Macri com greve geral histórica”. A ação dos vizinhos deve inspirar ainda mais a unidade dos trabalhadores brasileiros, que organizam para 28 de abril próximo uma greve geral no Brasil contra a retirada de direitos imposta pelo governo Michel Temer.