Veja o vídeo com a fala do presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, sobre a data-base 2017 da Infraero, convocando os aeroportuários para as assembleias que acontecem de 29 a 31 de agosto, e falando sobre a proposta de um Dia Nacional de Luta, em 12 de setembro, em defesa da Rede Infraero e da data-base.
“Mais uma vez usando o espaço de comunicação aqui do Sina para dar alguns informes da nossa data-base e de mais manifestações e atos em defesa da nossa Infraero.
Semana passada nós recebemos o ofício por parte da direção da Infraero alegando que a intenção do governo federal é dar 0% de reajuste na nossa data-base. O que nós não podemos aceitar mais é ficar sem fazer as nossas assembleias e fazer uma avaliação do sindicato junto a nossa categoria.
No ofício, que nós divulgamos, que recebemos da empresa, a direção da Infraero diz que está relutante em fazer a proposta de zero porcento de reajuste. Não podemos aceitar nada disso.
Ao contrário do que algumas pessoas estava divulgando aí, que já tinha alguma proposta, não tem proposta nenhuma. Nós estamos esperando, tentando arrancar isso do governo. Agora, vamos ser sinceros. Não dá pra gente ficar parado, esperando que um dia a Infraero dê uma proposta acima de 0%. Quando? Se ela mesmo fala que tem que obedecer a orientação de outros órgãos governamentais. A gente vai ficar aqui esperando perder? Não podemos.
Nas assembleias (de 29 a 31 de agosto) nós temos que votar não à atitude da Infraero. Proposta não tem pra votar. Não ao descaso do governo, não à demora que tá tendo nessa data-base para fechar, não a tudo aquilo que está imposto para a gente goela abaixo.
O Sindicato vai propor a data de 12 de setembro como Dia Nacional de Manifestação, de Reivindicação da nossa Data-base e em Defesa da Infraero. Em 13 de setembro, haverá uma audiência pública na Cetasp, e o ministro Moreira e o ministro Quintella não poderão faltar, porque dessa vez não é convite, eles foram convocados.
Dia 12 de setembro é uma terça-feira, e nós faremos manifestação em todos os aeroportos da Infraero, inclusive um grande ato em Brasília, para recepcionar os parlamentares, inclusive aqueles que participarão da audiência no dia 13.
Temos que mandar um recado muito duro para o governo. A proposta que tem até agora na data-base é a proposta do Sina, que foi protocolada desde março junto à Infraero. Se for para dissídio coletivo é aquela proposta, que está aprovada já em assembleia, que vai para dissídio coletivo. Aí, evidentemente, que a empresa vai levar a contraproposta dela para a Justiça julgar.
Vamos pressionar. A coisa só vai começar a andar a partir do momento que a categoria, juntamente com o Sindicato, pressionar. Não adianta dizer que o Sindicato tem que fazer alguma coisa. Isso aqui é uma faixa. O Sindicato segura desse lado e a categoria segura desse outro para mandar um recado para o governo.
Não adianta ficar esperando que o Sindicato sozinho resolva. Nem o sindicato, nem uma outra instituição, nem a igreja vai resolver o nosso problema. O problema é de todos nós. Nós temos que fazer um barulho muito grande e iniciar uma guerra. Porque se conceder esse resto de aeroportos, que são órgãos vitais para manter a Infraero viva, acabou tudo.
Vamos colocar faixa, banner, dar cobertura da imprensa, e dia 12 dará tempo da gente fazer outras assembleias informais, organizando a categoria, e fazer nossas faixas e nossas camisetas. Temos que estar organizados no dia 12 para mandar um recado, não para a diretoria da Infraero apenas, mas para esse governo Temer. Um governo que não respeita trabalhador, não respeita data-base, não respeita brasileiro, não respeita povo, não respeita ninguém.
Pela primeira vez a mídia questiona o fim da Infraero, porque muita capital brasileira vai ficar sem aeroporto. Se desmontar a Infraero, se a Infraero morrer, não terá mais aeroportos estratégicos nesse país, que são os aeroportos deficitários que continuarão sendo deficitários, mas estratégicos para o Brasil.
Temos que mandar esse recado, fazer panfletagem, informar ao passageiro, ao mundo que o Brasil corre o risco de ficar sem aeroportos. Porque uma coisa o governo não explica. Como a Infraero continuará administrando os aeroportos deficitários. Estão dizendo que vem aporte do governo, mas não vem aporte para nada. O governo só faz aporte é para deputado que vota o projeto dele. Achar que nós vamos continuar sobrevivendo com uma Infraero morta é ilusão.
Dia 12 conto com vocês, mas para isso preciso que vocês aprovem essa data nas assembleias que acontecem em 29, 30 e 31 de agosto. Compareçam em massa. Não tem mais o que esperar. Ou a categoria aeroportuária demonstra força nesse momento, ou só vai restar migalhas para a gente. O Sindicato está junto, com a “faca nos dentes”, o Sindicato tem um acordo de estabilidade até 2020, inclusive, assinado pelo Sr. Moreira Franco.
Porque se não fosse esse acordo já estava uma boa parte da nossa categoria no olho da rua, assim como foi feito com outras categorias. Então, eles ainda estão respeitando o nosso acordo. Mas para que isso continue acontecendo é preciso a gente se posicionar e demonstrar organização, união, força e responsabilidade. Conto com vocês nas assembleias e conto com vocês para aprovar a data do dia 12 de setembro como data nacional de luta. Faca nos dentes e vamos à luta.”
Francisco Lemos – Presidente do Sina