Com todo o respeito aos flanelinhas, que são os guardadores de carro que encontramos em praticamente todas as cidades do Brasil, o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) repudia totalmente a alusão utilizada pela jornalista Joana Cunha, da Folha de São Paulo, em matéria publicada no dia 14 de agosto, para se referir aos fiscais de pátio.
Os trabalhadores/as que atuam como fiscais de pátio em todos os aeroportos, no Brasil e no mundo, têm como princípio básico da sua função profissional garantir a segurança das operações aéreas nos pátios e pistas dos aeroportos.
O balizamento que a jornalista se refere na matéria, e que ela compara ao trabalho dos flanelinhas, é apenas uma das várias atribuições que os fiscais de pátio são responsáveis.
Cabe a esses profissionais, que dioturnamente trabalham embaixo de sol e chuva, assegurar que as aeronaves trafeguem em total segurança, tanto nos pátios como nas pistas dos aeroportos, evitando que acidentes aconteçam.
Diferente dos flanelinhas, os fiscais de pátio guardam a segurança das aeronaves, tripulações e, principalmente, dos passageiros, que é a atividade fim de qualquer aeroporto no mundo.
Para que a aviação possa ser cada vez mais segura, eles realizam a vistoria das pistas, assegurando o livre pouso ou decolagem, bem como o taxiamento das aeronaves por toda a área de operações dos aeroportos.
Também faz parte das atribuições desses profissionais a fiscalização de todos os trabalhadores e trabalhadoras que operam na área de movimento de aeronaves, bem como das condições de manutenção da infraestrutura, que deve atender com segurança toda a operação das companhias aéreas.
É essencial que os jornalistas, antes de redigirem suas matérias, se informem o máximo possível sobre o assunto e levem em consideração a dignidade do outro, respeitando o significado correto das palavras. Os fiscais de pátio merecem ser tratados de forma respeitosa, como qualquer outro trabalhador/a, e são um elo importante para a segurança de voo em nosso país.
Felizmente, na mesma matéria, a jornalista cita que os fiscais não serão demitidos pela GRU Airport, devido à sua importância na fiscalização do pátio. Eles/as não serão substituidos pelas máquinas, uma vez que suas responsabilidades vão muito além do balizamento.
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