Barbosa cria novo atrito no STF

Segundo matéria da Folha de São Paulo, o ministro Joaquim Barbosa quer manter 46 funcionários de seu gabinete em cargos de confiança e funções gratificadas após sua aposentadoria.

O novo embate entre Barbosa e seu sucessor na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, levou Barbosa a adiar pela segunda vez seu pedido de aposentadoria.

Barbosa, de acordo com a Folha, ligou na última segunda-feira (7/7) para Lewandowski para pedir a manutenção dos funcionários no gabinete. Frente à resistência do sucessor, Barbosa encaminhou à noite, no mesmo dia, um ofício à Lewandowski comunicando que os 46 servidores deverão retornar ao seu gabinete de ministro assim que ele deixar a corte.

O objetivo de Barbosa seria levar a discussão para os demais ministros do tribunal em agosto, e ele adiou a aposentadoria para comandar essa discussão.

O ofício causou desconforto no gabinete de Lewandowski. Os assessores dos ministros, pelas regras do Supremo, podem ficar no cargo até a véspera da posse do novo presidente, ou por mais 120 dias no máximo. O mais comum, no entanto, é o presidente deixar o cargo pedindo a exoneração de todos os funcionários. Com isso, os concursados são realocados e os demais deixam o Supremo.

Se a iniciativa de Barbosa vingar, seis servidores sem concurso continuarão empregados, recebendo salário de R$ 10.352,52 e auxílio moradia e alimentação de mais de R$ 3 mil. Outros 9 em funções comissionadas recebem gratificações, completa a Folha.

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