Para Embratur, aviação regional é caminho para reduzir tarifas

Durante audiência pública no Senado sobre os altos preços das passagens aéreas, o presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, disse nesta terça-feira que o setor da aviação civil oferece hoje “o pior dos mundos” para o consumidor, com “pouca concorrência e plena liberdade tarifária”.

Claudio Belli/Valor

 Para Dino, o caminho para barateamento das tarifas passa pelo plano de aviação regional. A iniciativa, anunciada há 11 meses pela presidente Dilma Rousseff, ainda não saiu do papel. “Um dos caminhos para preços mais baixos passa pela aceleração do plano de aviação regional, capaz de dar conta dessa rede de aeroportos espalhados pelo Brasil”, declarou durante a audiência, realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O presidente da Embratur ressaltou que o número de passageiros é crescente. “Nós temos uma tendência atual, que vai se agudizar nos próximos meses, do crescimento da tarifa aérea pelo quadro macroeconômico”, disse. “Seria desastroso que a resposta para a redução dos preços fosse a redução da demanda”.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, afirmou que os preços praticados no Brasil são maiores que em outros países porque são afetados por regras que não existem nos outros países.

“Se for enfrentado o debate dos tributos e da precificação do querosene da aviação, nós vamos mostrar que preço contra preço, nós competimos com qualquer empresa de qualquer do mundo”, exemplificou.

Ele pediu empenho dos diversos envolvidos no setor para aumentar a competitividade e a eficiência da aviação brasileira. “É fundamental, que os demais agentes econômicos, seja o Parlamento, seja o governo federal, sejam os governos estaduais, sejam os fornecedores, se articulem no sentido de construir juntos o cenário necessário para que a gente possa construir essa meta”, disse Sanovicz.

Compartilhar