Moreira Franco pede mais uma semana

Por Marina Falção para Valor Econômico

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O ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil/SAC, Moreira Franco, pediu mais uma semana à Associação Brasileira das Empresas Aérea/Abear para dar um retorno sobre duas demandas do setor: equalização das alíquotas de ICMS entre os Estados e mudanças na política de preços da Petrobras.

Segundo Eduardo Sanovitcz, da Abear, as empresas defendem essas duas medidas como forma de reduzir custos com combustível e melhorar a competitividade do setor. “Não estamos pedindo socorro. Queremos apenas que o preço do querosene da aviação seja o preço de mercado”, disse Sanovitcz, ontem, 17/10.

Segundo ele, o querosene da aviação no Brasil (40% dos custos das aéreas) é o mais caro do mundo, o que faz com que voos do Sudeste para o Nordeste fiquem mais caros do que algumas rotas internacionais.

Pedidos como a isenção temporária de tarifas aeroportuárias não estão mais na pauta, uma vez que o câmbio voltou a um patamar “um pouco mais confortável”, disse Adalberto Febeliano, consultor técnico da entidade.

No mês de setembro, a oferta (ASK) total de TAM, Gol, Azul/Trip e Avianca caiu 5% em relação a agosto. Na mesma comparação, a demanda (RPK) recuou 1%. Com isso, o fator de aproveitamento (Prask) aumentou 3,1 pontos, para 77,4%.

Na comparação com dados da Agência Nacional de Aviação Civil/Anac de setembro de 2012, a oferta cresceu 3,1%, a demanda avançou 5,4% e o fator de aproveitamento aumentou 1,7 ponto percentual.

Na comparação anual, a fatia de mercado da TAM recuou de 43,43% para 40,1%, mas a empresa se manteve como líder do setor. A fatia da Gol ficou estável em 35,7%.

No fim de setembro, a Abear pediu à Anac a flexibilização da malha aérea para a Copa do Mundo. As empresas querem mais agilidade para mudar rotas e criar voos conforme os resultados dos jogos da competição. A Abear espera um retorno sobre o assunto até o fim de novembro.

Sanovicz disse que está “fora de debate” abrir o mercado companhias estrangeiras operarem na Copa. “Nenhum país abre mão do seu maior ativo. No caso do Brasil, é o mercado consumidor”, afirmou. Ele disse ainda que não dá para prever, por enquanto, como será o comportamento dos preços das passagens durante o evento.

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