Por Diretoria Executiva da Infraero
Em relação às matérias “Infraero corta gastos de manutenção em aeroportos, apesar de alerta de técnicos” e “Cortes no Galeão podem pôr operações em risco”, publicadas hoje (15/10) pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Diretoria Executiva da Infraero esclarece:
A Diretoria Executiva, com base no Voto nº 21/DF/2013, deliberou uma série de medidas com o objetivo de conter a variação de despesas no exercício de 2013, à luz de dados financeiros apurados até o mês de agosto/2013;
1. O comportamento identificado do crescimento da despesa frente às receitas indicou a necessidade de ajustes nas despesas, de modo a manter o equilíbrio financeiro até o final do exercício;
2. As proposições aprovadas estabeleceram procedimentos voltados à busca de eficiência nos gastos da empresa, considerando principalmente que o custo por unidade operada (WLU – Work Load Unit ou UCT – Unidade Carga Trabalho, equivalente a um passageiro ou 100 kg de carga) superava a previsão da receita;
3. Os dados financeiros indicaram que a receita por WLU passou de R$ 22,20, em dezembro/2012, para R$ 22,30 em agosto/2013, com variação de 0,5%, enquanto que, no mesmo período, a despesa saltou de R$ 17,30 para 21,40, crescimento de 24%, em decorrência, principalmente, da concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília;
4. É importante destacar que nos últimos cincos anos, enquanto a receita por WLU saltou de R$ 19,10 para R$ 22,30, com variação de 17%, a despesa por WLU cresceu 29%, passando de R$ 16,70 para R$ 21,40;
5. O montante global de recursos alocados em 2013, para fazer frente aos gastos com os serviços terceirizados de manutenção, segurança e operações, foi de R$ 630 milhões ante R$ 646,1 milhões em 2012, uma queda de R$ 16,1 milhões, equivalentes a 3% do total do orçamento, sendo que em 2011 esses gastos haviam sido de R$ 531,7 milhões;
6. No caso do Galeão, foram alocados R$ 122,9 milhões em 2013, ante R$ R$ 128,6 milhões em 2012, uma queda de R$ 5,7 milhões, equivalentes a 5% do total do orçamento, sendo que em 2011 esses gastos haviam sido de R$ 105,3 milhões. Logo, o crescimento dos gastos no Galeão entre 2011 e 2013 foi de R$ 17,6 milhões, o que corresponde a 17%;
7. Diante desse quadro, constata-se que o ajuste aprovado pela Diretoria Executiva para o Galeão não é compatível com os cortes anunciados, e, a rigor, não colocam em risco os serviços prestados naquele aeroporto;
8. A Diretoria Executiva está convocando os Superintendentes da Regional do Rio de Janeiro e do Aeroporto Internacional do Galeão para apresentarem as justificativas para os cortes anunciados;
9. Ao mesmo tempo, determinou uma auditoria nos gastos de modo a verificar o motivo pelo qual os cortes anunciados pelo aeroporto superam em muito os níveis de corte globais aprovados para o Galeão;
10. Em relação à manifestação dos chamados “superintendentes executivos”, a Diretoria de Operações contesta seu conteúdo, já que à luz dos montantes orçamentários aprovados para o exercício de 2013, entende ser perfeitamente possível o ajuste nos gastos que, repita-se, não coloca em risco a operacionalidade e a segurança de nenhum dos nossos aeroportos;
11. Quanto às recomendações do grupo de superintendentes a respeito de medidas para a melhoria do desempenho, a empresa, além do ajuste orçamentário aprovado, já vem adotando uma série de medidas voltadas à melhoria das receitas e redução das despesas, principalmente em atividades de suporte administrativo, cujos efeitos serão contabilizados a partir do início do próximo exercício.
Atenciosamente,
Diretoria Executiva – Infraero