Bancários arrancam proposta de reajuste de 8% e greve pode chegar ao fim

Por Redação da RBA

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Após mais de 16 horas de tensas negociações, a Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, nesta sexta-feira, 11/10, uma nova proposta elevando para 8% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste sobre os salários e as demais verbas salariais e para 8,5% sobre o piso salarial – o que representa ganho real de 2,29%.

Também houve alterações na proposta de reajuste da Participação nos Lucros e Resultados/PLR, que passou a ser de 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional. A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido das empresas a ser distribuído linearmente na parcela adicional.

Em razão destes avanços, comando nacional dos bancários – comissão que representa a categoria nas negociações com o setor patronal – orienta os sindicatos do País a realizar assembleias até a segunda-feira 14/10, e a aceitar a nova proposta, que contempla aumento real de salário pelo décimo ano consecutivo, valorização do piso e novas conquistas econômicas e sociais.

Resistência

Os bancos recuaram da proposição inicial de obrigar os bancários a compensar todos os dias de greve em 180 dias. A nova proposta negociada com a Fenaban, apresentada após 22 dias de greve, inclui ainda três novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.

“A forte mobilização e a unidade da categoria foram fundamentais para romper a intransigência dos bancos e garantir avanços importantes, especialmente aumento real de salário e avanços nas condições de trabalho”, avalia Carlos Cordeiro, coordenador do Comando Nacional e presidente da Contraf-CUT (a confederação nacional da categoria).

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